Quando
paro e penso no rumo que dei a minha vida, é comum me perguntar: “como? Por
quê?”. Eu desejava tudo tão diferente, as coisas não aconteceram do jeito que
eu desejava! Se eu pudesse voltaria atrás e deixaria de fazer muita coisa que fiz.
Tenho
tanto medo de fazer uma escolha errada, não ter volta, custar caro e ter que
pagar o preço. E eu não sei se quero pagar esse preço. Às vezes, é difícil
levantar a cabeça diante de tantos erros e seguir, e a pior parte, assumir cada
deslize e suportar as críticas, os olhares, os sinais de negação.
Admito,
muitas coisas que estão acontecendo são melhores do que eu sonhei, mesmo assim,
se fosse possível mudar, voltaria no tempo, passaria uma borracha e trocaria
muitas das minhas escolhas.
Acordar,
dormir, dormir, acordar; que rotina! Às vezes, minha única diversão é ligar
para alguém enquanto caminho pela rua, não importa se vou caminhar apenas cinco
minutos ou duas horas; o fato é que há dias em que não quero ficar sozinha ou
em silêncio. Na verdade, só gosto de silêncio quando estou dormindo, estudando
ou rezando, salvo esses momentos, não aguento o silêncio: me estressa,
angustia; é ainda pior quando estou perto de pessoas que não conheço ou não
tenho afinidade, aí reina a presença de um silêncio constrangedor que eu odeio!
Nesses momentos, começo a desenvolver manias estranhas como balançar as pernas,
bater os pés ou ainda, coçar minha garganta de um jeito estranho. Eu sei, é
ridículo, mas é o que eu faço e pior, às vezes, nem percebo. Acho que, por
isso, sempre pensei em procurar um terapeuta, mas, aqui? Penso que, nessa
cidade, ninguém sabe o que significa a palavra terapia.
Se
eu pudesse pedir algo a Deus, diria: “Senhor, volte o tempo, me deixe nascer de
novo e anular as minhas escolhas, por favor!”.
muito bom!
ResponderExcluirObrigada!
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