“Acima de tudo o amor”, é assim que encontramos o título da Primeira Carta de
são Paulo aos Coríntios em algumas traduções bíblicas, onde descreve esse
sentimento tão grande e profundo que fez pessoas como Jesus Cristo, São Pedro,
João Paulo II, Irmã Dulce dos Pobres e até o próprio Paulo a doarem suas vidas
para viverem unicamente pelo que essa palavra representa; ambos amavam a Deus
acima de tudo, amavam o próximo como a si mesmo, amavam a vida, simplesmente
amavam...
Outra
forma de amor singela e gratuita é a amizade, alguém consegue viver sem amigos?
Acho que não! A amizade nos faz rolar de alegria em está ao lado daquele que
chamamos de amigo (a), aquele que ouve nossas alegrias, vitórias, sonhos, mas
também, tristezas, derrotas. A amizade de Francisco e Clara, de Vicente e Luísa
e de tantos outros. A amizade nos faz dizer “eu te amo” a um homem ou a uma
mulher, nos faz abraçá-lo e sentir que aquela pessoa é o irmão ou irmã de pai e
mãe diferente.
O
amor de mãe e pai, que é um amor puro, que cuida, dá carinho, protege,
enobrece... Um amor lindo, que não pede nada em troca, o primeiro gesto de amor
que conhecemos...
E
o que dizer do amor entre um homem e uma mulher que desejam se amar
ardentemente, que desejam ficar juntos, construir família, terem filhos? Esse
amor é, talvez, o mais complexo, o mais conhecido, sentido, almejado e mais
estudado. Muitas vezes, se chama ou pensa que está sentindo esse tipo de amor,
quando, na verdade, é apenas uma paixão que não evolui a ponto e ser esse amor
ou até mesmo pode ser uma espécie de capricho. A diferença? A paixão tem prazo
de validade, os estudiosos apontam cerca de dois anos, o sentimento amadurece e
evolui, ou simplesmente acaba; o capricho desaparece quando se realiza o
desejo; já o amor verdadeiro é um desejo sempre insaciável.
É
muito complexo descrever essa forma de amor, falamos tanto dele, às vezes,
parece bonito descrevê-lo, mas será que é fácil? Quando escuto as pessoas
contando suas mágoas, experiências tristes, lamentações, desesperos; começo a
me perguntar: esse sentimento é bom? Realmente é saudável? Faz bem? Se as
respostas forem positivas, então não faz sentido “essa dor”, essas lágrimas,
que tanto derramam, há uma contradição entre amor e dor, ou são sinônimos? Dar
para escolher por quem se apaixonar ou realmente é algo misterioso, sem
explicação lógica? São muitas perguntas, poucas ou nenhuma resposta concreta.
Na
Bíblia, no livro do Gênesis, Deus nos diz que “o homem deixará sua casa e seus
pais e se unirá a mulher”. Parece ser tão simples, porque talvez seja realmente
simples, talvez as pessoas estejam complicando demais, estejam se unindo a
qualquer um, mas como saber quem é a pessoas certa? A quem devemos dizer “amor
da minha vida”?
Como
saber se aquela pessoa por quem você passou horas e horas chorando é realmente
o amor da sua vida? Se a resposta for “o tempo dirá”, é clichê demais, é chato
esperar, é chato sofrer, é chato chorar!
(Maria
José)
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