Abri a porta, caminhando sobre a casa de vidro, percebi que pisava sobre rosas vermelhas que ali estavam espalhadas pelo chão.
Pensei em chama-lo pelo nome, mas o som do piano e do violino que tocava era mais agradável que o som da minha voz.
Senti alguém me tocar, quando eu olhei, ouvi o farfalhar do meu vestido no chão, senti meu cabelo ruivo voando com o meu giro, sorri ao vê-lo e ele tocou meu rosto de leve.
Começamos
a dançar levemente aquele instrumental doce e harmonioso, senti seu perfume e
ele sentiu o meu. Ali, nos braços dele, aquele momento parecia grandioso,
realmente era.
Dei
conta que tudo aquilo era para mim, para nós dois e, para mais ninguém!
Meu
sorriso ficou maior e sinto que ele percebeu, porque me abraçou mais forte e
continuamos a dançar. Nem sei quanto tempo dançamos, foi muito tempo, mas não
pareceu.
Passou
um filme em minha cabeça: desde quando nos conhecemos, cometi tantos erros,
minhas velhas manias, meus medos, minha ira desnecessária, minhas birras; eu
sei que pensei apenas nas minhas imperfeições, mas é que não dá para entender
por que mesmo não sendo perfeita ele ainda me queria assim...
Sim,
ele me queria, e muito!!!
Passou
a mão em meu rosto e delicadamente começamos a nos beijar, um beijo leve,
delicado, cheio de amor.
Amor!
Sim, amor! Sim, nós nos amamos! Nos amamos muito! Eu o amo, ele me ama!
Ele
me pegou nos braços, começou a me girar, ali em seus braços, vendo o teto
girar, não aguentamos mais: começamos a rir, a rir alto, muito alto.
Nesse
momento, eu tive uma certeza: ele ama as minhas perfeitas imperfeições.
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