“São
apenas recordações”, foi o que pensei enquanto segurava as fotos de todos os
meus anos vividos até aqui.
Peguei
duas blusas: a primeira, uma rosa quartz e a segunda, azul bebê com bolinhas
brancas; a saia preta que ganhei do meu tio e a jardineira que comprei na
feirinha. Um par de rasteirinhas já gastas e algumas peças íntimas, dobrei tudo
e coloquei na mala.
Juntei
as fotos e pus meus itens de higiene pessoal. Por fim, fechei a mala.
Tomei
o último banho na casa, vesti o vestido preto com decote de coração nas costas,
peguei a mala e fechei a porta – não a tranquei, não precisava de mais nada
ali.
Saí
simples e com aquela pequena mala na mão, peguei algumas flores no caminho,
aquele seria o perfume de vida nova, vida que começaria agora em um novo lugar.
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