Oi
gente!
Falei
nesse post aqui que iríamos fazer uma missão em Caicó, pois bem, a missão
finalmente chegou e foi a melhor!
Tentarei
ser sucinta, mas não sei se vou conseguir hahaha
Chegamos
na quinta a tarde, dessa vez fomos um grupo maior da JMV com a Irmã Carla e
assim que pomos os pés lá no Abrigo (onde ficamos hospedados), Bella e eu
corremos até a casa de Nataly, nossa amiga que nos hospedou quando fui ao show
de Victor & Leo em 2014, como era próximo, não pensamos duas vezes, hahaha.
Fomos
aos poucos, vendo e revendo cada um dos missionários chegar, dessa vez, tivemos
representantes da Associação Internacional de Caridades (AIC), Filhas da
Caridade (FC, ou irmãs de São Vicente, como alguns chamam), Juventude Mariana
Vicentina (JMV, que faço parte) e muitos missionários locais, além de um grupo
de jovens da Juventude Missionária (JM) que moram na cidade. A noite,
conversamos um pouco com todos os missionários sobre o cronograma planejado.
No
dia seguinte, já bem cedo, participamos da Via-Sacra e nos dividimos em
diferentes paróquias para fazer visitas de casa em casa falando do Senhor
Jesus, sobre a Irmã Lindalva e benzendo as casas. O almoço, foi em Carol, a voz
da JMV Caicó junto a seu marido, Rogério.
A
tarde, tivemos dois momentos muito fortes, o primeiro, um momento com os idosos
do abrigo onde cantamos, brincamos e rezamos o terço com eles, claro que não dá
para esquecer das Filhas da Caridade (FC) que por tantas vezes se reuniram ali,
não foi fácil mais uma vez ir ao abrigo e não as encontrar lá (falei sobre isso aqui). Embora tivéssemos muitas das FCs ali, saber que nenhuma ficaria no
abrigo sempre aperta nosso coração de Família Vicentina (FamVin).
Depois,
mais visitas em outros bairros, e a noite, teve momentos de descontração e
ensaiamos para a apresentação que faríamos na noite seguinte. É claro que no
quarto, como todo quarto de meninas, conversamos muito e trocamos muitas
histórias.
Dia
seguinte, mais uma vez acordar cedo e matar a saudade da capela, onde sempre
rezamos quando estamos no abrigo.
Depois,
fomos a um bairro muito distante, fazer visitas nas casas e convidar as
famílias para um almoço comunitário que haveria ao meio-dia. Confesso que esse
dia me marcou muito, sentia uma chama e um amor dentro de mim em cada
movimento, em meu sorriso, meu caminhar, minhas palavras e orações.
Quando
chegamos a casa onde seria o almoço, enquanto eu ajudava a limpar as mesas e as
cadeiras, sentia como se em meu rosto estivesse estampado um sorriso e aquela
chama em meu peito só aumentava. Por momentos, fechei meus olhos e sentia como
se minha alma dançasse de tanta felicidade e paz, como se só eu estivesse ali e
quando abria os olhos sentia mais alegria ainda de ver tanta gente que eu amava
e muitas que eu nem conhecia e já queria abraçar, acho que vivi um momento de
ecstasy e isso não dá para descrever. Foi um dos melhores momentos da minha
vida: eram atividades simples, comuns: andar, entrar nas casas, falar do
Senhor, divulgar o nome de Lindalva, benzer as casas e as pessoas, depois
limpar as mesas, as cadeiras, servir o almoço para os moradores do bairro e em
tudo, eu estava me sentindo completa e feliz, com meu corpo queimando e minha
alma dançando.
A
tarde, um encontro vocacional onde falamos muito e aprendemos muito também.
Depois,
fomos divididos em trios e fomos celebrar uma novena nas casas de algumas
famílias, para minha surpresa, a casa em que fui celebrar era da antiga
coordenadora da JMV, que durante muitos anos serviu no abrigo e participava do
grupo de jovens que eu tanto amo, além disso, ela já foi professora de
religião, OMG! Tudo a ver comigo, hahaha. Para quem não sabe, eu fui professora
de religião em uma escola há muitos anos.
Olhinhos marejados de emoção :) |
É
claro que fiquei emocionada com tudo isso.
A
noite, participamos da missa na Igreja de São José e enfim, apresentamos a peça
com a história da Irmã Lindalva.
Todo o elenco da peça, estamos com o figurino de freirinha :) |
O
texto foi meu, baseado no livro “O Sorriso de Lindalva” de Gaetano Passarelli e
interpretem Lindalva, algo que fiz com muito amor e respeito, pois além de ser
uma devota, eu sou apaixonada por toda a história da família dela (falei sobre
isso aqui). Não sei se sou merecedora de tamanho presente de Deus, mas tentei
ao máximo ser fiel a história.
Eu de Lindalva :) |
Depois,
reunimos a galera e fizemos um tour, primeiro fomos até o arco da Catedral e
depois a famosa Ilha de Sant’Ana, mais diversão e alegria.
Na
manhã seguinte, participamos da missa na Igreja do Rosário e depois,
participamos de oficinas sobre os patronos da FamVin, nós da JMV ficamos para
ministrar a de Santa Catarina e encenamos a primeira aparição de Nossa Senhora
das Graças a Santa Catarina Labouré, eu fui Nossa Senhora e Bella interpretou
Catarina <3
Missa no Rosário |
Oficina sobre Santa Catarina |
Aparição de Nossa Senhora a Catarina |
Sem dúvida, uma missão divina, um momento forte de emoção foi quando algumas das irmãs se despediram e Carol falou o que todos nós queríamos falar: agradeceu, falou do quanto todos sentem falta das irmãs no abrigo, o quanto que essa missão encheu o coração do povo caicoense de fé e esperança que um dia elas retornem, e para completar, como ela estava grávida, acertou em cheio nosso coração com suas palavras de mãe, ela falou que sonhava em criar a criança que espera ali, cercada de amor pela FC, ensinando tudo que é a FamVin, mas que agora, fará o mesmo, mas sem as Filhas da Caridade ali, o colo que ela sempre teve, seus filhos não terão fisicamente, mas terão espiritualmente e com a esperança de que um dia, elas voltarão.
Voltamos
para casa cheios de amor e conscientes de que Deus está no controle sempre,
quem leu até aqui, peço que ore pelas vocações, pelos idosos do abrigo e pela
FamVin.
Família JMV |
Beijos!
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