Para
um relacionamento dar certo é necessário cumplicidade, carinho, respeito e,
claro, amor.
O
que ninguém fala, no entanto, é que é preciso se amar, antes de tudo. Mas se
amar muito, se amar além de tudo.
E
isso, é muito difícil.
Sim,
muito difícil. O motivo é que confundimos o amor-próprio com o orgulho e egoísmo
ou com o narcisismo.
A
confusão com o narcisismo ocorre quando pensamos erroneamente que o amor-próprio
significa a atenção, se autoexaltar, se achar melhor que o outro, um ser
superior, onde acredita que tudo gira em torno dela ou ainda, precisa de autoaceitação
para se sentir bem.
Em
um relacionamento, o narcisismo tende a fazer com que a pessoa narcisista se
sinta sempre na pior, pois acredita que o cônjuge tem que que ficar o tempo
todo exaltando-a, elogiando o tempo todo e se sacrificar sempre por ela, do
contrário, passa a acreditar que o cônjuge não a ama o suficiente, e a desculpa
para o final do relacionamento é: “meu amor-próprio, já que ele(a) não me amava
o suficiente e não via os meus pontos positivos”.
Já
o orgulho e egoísmo é quando não se cede, não se abre com o outro, criando uma
barreira entre si e o outro, é tão grave que uma discussão dura séculos porque
não reconhece suas falhas diante do outro.
Para
o orgulhoso e egoísta só o outro tem que ceder, correr atrás, pedir perdão,
chorar... Para este, ele sempre está certo, nunca erra, o outro é quem não
presta, não merece suas lágrimas e tudo mais. O pior é que o orgulhoso não é
feliz, porque abre mão da felicidade em nome do orgulho que ele julga ser
amor-próprio. E quando o relacionamento acaba, ele diz: “ele queria que eu
fosse atrás, não faço isso, tenho amor-próprio”.
Como
podemos ver, o erro está aí. Essas confusões com o amor-próprio fazem com que
acreditem equivocadamente que o amor-próprio destrua o relacionamento, quando
ele é, na verdade, a salvação.
Quem
se ama sabe reconhecer as próprias qualidades, os pontos fortes e fracos que
possui, assim como reconhece também os do cônjuge e busca crescer junto com o
outro, elogiando o outro, mas sabe que em alguns momentos vai precisar ceder
(não sempre, é necessário equilíbrio), perdoar, pedir perdão e sabe que sua
felicidade e paz interior vem de si mesmo e não do outro.
Por
isso se ame, seja confiante, passe essa energia positiva que existe dentro de si
para o(a) parceiro(a) e seja feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário